terça-feira, dezembro 19, 2006

Manicure, escritores e criancinhas abatidas (The simple life)

Domingo fui a um bingo. Um bingo caseiro. Paguei dez reais num bloco com 10 cartelas. Ganhei no azarão. Azarão é um bingo extra. Ganhamos uma cartela. Depois, ficamos de pé. A mulher canta os números. Quem não tiver o número cantado permanece de pé. E eu fui a última a sentar numa das rodadas do azarão. Ganhei um kit com seis tapaware. Sensacional. Muitos aplausos. Depois troquei duas de minhas tapaware com um amigo, que também ganhou tapaware. Meu domingo se resumiu nisso. O bingo durou todo o dia.


Minha manicure anda com um punhal na bolsa. Sim, é verdade. Para ser minha manicure não poderia ser diferente. A gente atrai essas coisas. O punhal é pra se defender de pivetes. Já quis furar alguns, mas ainda não teve oportunidade. Ela e eu temos postura político-social idênticas. Achamos que pivete, criança assassina, “di menor” são tudo filhosdaputa. E os direitos humanos para as criancinhas que te cercam em bandos e te assaltam devem ser protegidas. Ela disse que se fosse juíza, colocaria, dentro dos presídios, facções opostas juntas. Para que eles se matassem. “Mas é foda. Provavelmente eu ia ter de responder pela vida de um merda desses”. Bandido bom é bandido morto. Inclusive os de colarinhos branco. Eu disse: “Essas criancinhas que vêm te assaltar gostam do que fazem. Eles te cercam. Se acham perigosos e poderosos. São filhos do cão”. Sinceramente, não abro mão desta visão. Se um putinho desse me fizer mal, foda-se, tem de pagar feito qualquer um. Sendo assim, a periculosidade iniciará cada vez mais cedo. O rapaz de 16 anos que deu um tiro na cabeça de uma mulher no Leblon, durante um assalto, disse: “Daqui a pouco tô solto. Tranqüilo”. Alguma coisa assim. A impunidade por ser menor de idade, vai fazer bandidos cada vez mais jovens e brutais. Vai ser foda. Vai parecer filme japonês. Teremos de abater criancinhas pelas ruas em plena luz do dia.



Ontem foi a abertura do festival Contemporâneo. Foi ótimo. Adoro essas coisas. Falo pra cacete e se me dão um microfone...haha.Concordei, discordei. Mas o melhor é que sempre me divirto ao falar dessas questões literárias. Gosto de ouvir os outros falarem. Gosto primeiro de ouvir, depois de falar. Enquanto estava em cima daquele palco, pensei no tanto que gosto de Stand-up comedy. É sério. Acho que vou atrelar à literatura. Eu, um palquinho e um microfone. Ali, falando das agruras do escritor. Sensacional.


Valeu muito às pessoas que compareceram. Aos amigos que não via fazia tempos. E aos colegas de debate.


Ah... encontrei este trailler do filme bubba ho-tep http://www.youtube.com/watch?v=oHI1Ogx-h6Q&mode=related&search=



*That´s all folks*

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