sábado, junho 02, 2007

Jack e Travis.

Depois de um mês e meio sem malhar, voltei pra academia. Consegui com meu Lostdealer um resumo de uns oito episódios de Lost, entre supinos reto e cadeiras flexoras. Eu havia deixado de assistir por algumas semanas, para juntar bastante episódios e assistí-los todos de uma vez. Mas quis saber o que acontecia, tanto que já assisti ao último episódio da terceira temporada. Se você não quer saber o que vai acontecer, não leia o próximo parágrafo.

Eles saíram da ilha. Não sabemos se todos, mas saíram. E agora, o Jack quer voltar. Sendo assim, com seu bilhete da Ocean air para voar para qualquer lugar do mundo enquanto estiver vivo, todas as sextas-feiras, Jack pega um avião para algum lugar do mundo na esperança de que ele caia. Jack quer voltar para a ilha, porém ele não sabe onde fica. E assim termina.

Eu acho que que se ele continuar assim, vai acabar sendo parceiro de outro Jack, o Bauer. Os dois são atormentados, tiveram perdas, enfim... Para formar um trio, é só chamar o agente Fox Mulder, também atormentado e com perdas e está tudo resolvido. Uma nova série. Será perfeito.

E durante o debate do Prosa nas Livrarias me perguntaram por que eu gosto tanto de personagens atormentados, por que acho eles interessantes... bem, o que seria de 24h, se não tivesse o atormnetado Jack Bauer.
Acredito que os atormentados são mais desprendidos, ou pelo contrário, estão obstinadamente presos a uma perda ou coisa que o valha que se lançam em qualquer aventura para resolver suas questões.

O nome deste blog, Killing Travis, é em homenagem ao Travis do Paris Texas e ao Travis do Taxi Driver. Gosto desses garotos. Grandes tormentos, tratados de modo distinto.
Abaixo segue o primeiro post do Killing Travis explicando isso.

É provável que eu participe da Off-Flip. Quando souber detalhes, eu conto.

Bem, para assistir a minha entrevista no Sem Censura, clique aqui
Valeu Gabriel Ares, meu lostdealer nº1, pela gravação.

E por falar em tormentos, nada melhor do que o Nava para isso.

"Escrever é, para mim, tentar desfazer nós, emborao que na realidade acabo sempre por fazer seja embrulhar ainda mais os fios. A própria caligrafia é sufocada.
Há, todavia, um momento em que as palavras são cuspidas, saem em borbotões, e o sangue e a saliva impregnam o sentido. É impossível separá-los.
Por trás talvez não haja mesmo nada. São palavras que não estão ginasticadas, que secam e encarquilham como folhas por que a seiva já não passe.
Oprimem toda a página, através da qual deixa de ser possível respirar. Tapam-lhe os poros. A própria chuva que neles caia não se escoa".
[Luiz Miguel Nava - Os nós da escrita]

*

(Primeiro Post do blog)
O existencialismo de Seinfeld ou Meu blog sobre coisa alguma.


Durante muito tempo pensei em criar um blog. Para falar o que, eu pensava. Porra, não tenho nada pra ficar falando por aí... não tenho disciplina pra escrever regularmente. Tenho tempo. Muito tempo livre. De sobra. Aos montes, mas pouca disciplina. As palavras não se esgotam, mas os assuntos talvez.

Ando assistindo a todas as reprises de Seinfeld e adorando cada capítulo. É a melhor série sobre nada que já assisti na vida. As melhores atuações sobre coisa alguma e os melhores diálogos e especulações sobre a mediocridade cotidiana que te esmaga que se pode encontrar na tv à cabo.

Aí eu pensei... putz, se existe uma série sobre nada, eu também posso ter um blog sobre coisa alguma. Até porque literatura eu faço no escurinho do meu quarto.

Então pensei no nome. O nome eu já tinha faz um ano. Travis, do Paris Texas somado ao Travis de Taxi Driver. Dois grandes filmes existencialista. Um sai para o deserto para tentar encontrar respostas, o outro compra algumas armas e munições para tentar responder às perguntas. Como em toda questão existencialista eu tenho a impressão de nunca chegar a lugar algum, caio de novo nos braços do coisa alguma que me remete outra vez ao Seinfeld, que peregrinando sobre o nada, chega ao ápice do questionamento existencialista que culmina em encontrar o que se passa com o indivíduo quando este se encontra em situação concreta do dia-a-dia, na rotina e seus escapismos.

Talvez por isso, Seinfeld é o mais perto de Sartre que já cheguei.

*

Hoje acaba o sorteio POR UM PUNHADO DE BASTARDOS. Ainda dá tempo. Até 23:59. hehe.
Para participar do sorteio do romance A Guerra dos Bastardos é preciso mandar um email até o dia 02 de junho para: killingtravis@uol.com.br
No título da mensagem escreva: POR UM PUNHADO DE BASTARDOS.



*That´s all folks*

Um comentário:

Simone disse...

Ana! Vá ver esse blog... fala de filmes fenomenais!
http://www.duvido.com/