domingo, junho 24, 2007

Marvel Garbage

Continuo a escrever “Barbudos Cretinos e suas histórias canalhas”. E na sexta-feira passada, voltando da fisioterapia, cruzei com um caminhão de lixo virando a esquina com o pé no acelerador e atrás dele, três lixeiros jogaram os sacos restantes daquela rua e pularam na caçamba em plena curva. Eu e outras pessoas que estavam na calçada ficamos impressionadas. São quase super-heróis. Eu quis aplaudir a destreza deles.
São esses esbarrões que me estimulam a escrever o folhetim “Barbudos Cretinos...”. Estes caras são incríveis. Era uma noite agitada e o lixo acumulado da semana amontoava-se nas calçadas. Mas isto sempre acontece.

Ainda tenho exemplares do meu primeiro romance para vender. “O habitante das falhas subterrâneas”. Para ler um trecho é só clicar aí ao lado.

E há muitos exemplares de “A Guerra dos Bastardos” para ser vendido. Está nas livrarias e nesses sites:

Livraria Saraiva

Livraria Cultura

Martins fontes Paulista

Cia dos Livros

Já cotei


Há alguns dias marquei um encontro no bar Plebeu para ser entrevistada pelo Leonardo Marona para o jornal Vaia de Porto Alegre. Ele sabia como eu era, porém eu pedi que me desse uma descrição sua:

“Eu devo ter 1,70m, pouco cabelo, cada vez menos, e tenho cara de
índio paraguaio, do olho meio puxado. Vou estar usando uma camisa de botão amarela (xadrez) e calça jeans”.

Fiquei com medo. Haha.

Leonardo é muito gente boa. Gaúcho acariocado. Tivemos um papo excelente e divertido. Interrompido somente por suas desafogadas de bexiga no banheiro. Era papo pra noite inteira. E fiquei impressionado como ele sabia das coisas e de como estava antenado com as coisas eu escrevo. E ele disse que teve pouco tempo para pesquisar. Respondi algumas perguntas por email também, para complementar uma coisa e outra.

Garoto esperto.
Segue duas perguntas respondidas.

Edgar Wilson tem algo de William Wilson, de Alan Poe?

R: Sim. É uma mistura de Edgar A. Poe e William Wilson. Estou chocado! Como você descobriu isso? William Wilson, no conto do grande Poe, vivia com medo de encontrar seu sósia, sua reprodução por aí. Sua cara estampada em outro. É um conto alucinante. Como costumo dizer, todos os meus personagens tem muito de mim, carregam meus genes, bons e ruins. (rs). Sendo assim, este personagem, Edgar Wilson, em toda a sua crueza é tudo aquilo que eu não gostaria de encontrar. É um assunto introspectivo. Mas como você percebeu a ligação dos nome é ainda incrível.


Você parece bem segura nas entrevistas que vi suas. Quando você escreve você é também segura desse jeito?

R: Sim. Escrever pode ser comparado a dirigir um automóvel. Pode ser trágico. Se você dirige guiado pelos outros e influenciados por eles, você ainda não aprendeu a dirigir e não tem nenhuma segurança.
Você só aprende a escrever quando faz isso sozinho. Sem interferências ou opiniões. Quando você tem certeza de que em seu texto consta tudo aquilo que você quer dizer. De que seu texto também te apontou caminhos novos. Seu texto precisa ser útil pra você em primeiro lugar, talvez assim, ele atinja outras pessoas.





*That´s all folks*

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