quarta-feira, outubro 24, 2007

Ilhei.

Não compareci ao evento abaixo. A chuva não deixou. Permaneci ilhada em casa. Comi macarrão com molho de tomate e almôndegas. Assisti "O Segredo de Brokeback Mountain". Dublado. O filme é paradão, ao menos pra mim, e dublado a coisa ficou pior. Mas de graça, assistiria dublado até pela TeleVisa. rs.

Assisti novamente parte de "Full Metal Jack". É um filmão. Este eu peguei emprestado com o Barbudo, por isso não vou devolver. Barbudo já catou um John Fante meu e nunca devolveu. Eu fico com o Kubrick. E estamos acertados.

Recebi meu exemplar da coletânea 35 segredos para chegar a lugar nenhum, organizada pela Ivana Arruda Leite. Ficou uma beleza. A banana na capa brilha e está em alto-relevo. Meu conto na coletânea se chama "Seja um Teleoperador de Sucesso."

Hum... tem novidade por aí... sim... texto novo.
Não dá pra falar muito, por enquanto.


"Fossa, fossado, fossador, fossadura, fossar, fossário, fossas, fosseta, fossete. Edivardes olha fixo para o ralo da pia da cozinha. Sabe o que vem a seguir. O cheiro do ralo lhe é familiar. Vê uma bolha se formar, e seguida de um barulho, estoura suave. O esgoto retorna à pia. O mau cheiro é insuportável. Erasmo Wagner espia o ralo. A cena se repete. Pensa nos ruminantes e no que retorna do estômago à boca. O processo é o mesmo. O ralo é a boca e o esgoto o estômago. Permanece contemplativo. Edivardes ao seu lado, segue da mesma forma. Antes do próximo espocar de água de esgoto dentro da pia, suspiram o fedor."

[ana paula maia]

Aliás, este trecho vem a calhar. A cidade está alagada de chuva e esgoto.


*That´s all folks*

Um comentário:

Diogo Costa disse...

"Quando chove, os animais se escondem e as estatísticas diminuem. É estranho. É como se a chuva lavasse as ruas. Todos esperam a chuva passar; para beber, brigar. É engraçado esse medo; como se fosse permitido matar, mas, chuva, não; eles têm medo.

Parece que lembram de Deus, pois a água vem do céu aos borbotões, e quando precedem trovões, pedem clemência e se abrigam. Porra-nenhuma de Deus! Na verdade, é a herança animal, primitiva, aquela que retira os filhotes das tocas antes que os ninhos inundem. Os esgotos transbordarão e ninguém quer se sujar. É muito engraçado: é admissível até matar, mas lama no sapato faz-se um absurdo. Na última vez que choveu, fiquei em casa; tirei a camisa pólo preta e a calça cargo. A bota ficou na porta, pesada e fedida, cheia de ferraduras de lama; deixei lá, de raiva, por cansar minhas pernas com o peso excedente. Então deitei e aconteceu: estava sobre mim, fazendo-me de cavalo, grudada como lama em minhas botas".

O resto está lá, no meu blog. E veja minha foto. Aderi ao movimento PEIDEI.

É muito fedor e ninguém levanta a mão amarela. hahaha

Abração Ana!