domingo, fevereiro 13, 2011

Digressão de domingo


Hoje assisti ao filme Alice nas cidades, do Win Wenders. Belíssimo realmente. Como haviam me dito. Tenho outro filme aqui, bem guardadinho, que é Touro indomável. Nunca assisti até o fim. Mas vou.

Eu, que gosto tanto de filmes, que os amo tanto desde muito pequena, que escapolia da cama a noite, escondida da minha mãe para assistir algum filminho que passava depois da novela; que negociava com o meu irmão mais velho para me acompanhar nas http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=24079377noites de filmes de terror, pois eu tinha medo de ficar sozinha na sala. E ele por sua vez não gostava do gênero, e acabava dormindo no sofá. Quando eu percebia, chamava-o. Às vezes, ele me botava mais medo do que o próprio filme, aí eu abria o berreiro de madrugada. Acordava meus pais e a minha mãe brigava comigo.

Passei toda a década de 80 assistindo a filmes, principalmente os de terror. Eu acompanhava o meu irmão nos filmes de luta e bravura... afinal, não foi a minha avó que me apresentou ao Charles Bronson ou ao Bruce Lee.

Irmãos negociam. Então negociávamos. Ele me acompanha nos filmes de terror, eu nos de luta, faroeste e de valentões. Tomei gosto. Também, em troca de uma pipa (ou papagaio, como também é conhecido), eu fazia as rabiolas das pipas dele. Eu era rápida nisso. Fazia uma rabiola rapidinho. No fim da tarde, já anoitecendo, ganhava uma pipa que ele cortava no ar.

Domingo, ou eu soltava pipa com o meu irmão ou ia brincar na casa do meu avó. Lá eu brincava na rua, no chão de terra, e voltava um caco pra casa.
Sempre me lembro do canto das cigarras. Aquilo me incomodava muito. Havia muitas cigarras por lá. Era pertinho da casa onde eu morava, mas lá tinha um aspecto de interior mesmo.

Digressão de domingo... e tudo para falar do meu afeto especial por cinema. E então...

Edgar Wilson vai estrear nas telas de cinema!

Ainda não sei muitos detalhes, mas acredito que será um belo filme. Se chamará Dias quentes. Adorei o título, pois tem muito a ver com os meus livros. Aliás, é uma dupla adaptação. Num só filme teremos A guerra dos bastardos e Entre rinhas de cachorros e porcos abatidos. Coisa rara de acontecer. Dois em um.

Quando eu tiver mais detalhes, vou passando aqui.
Como por exemplo: quem vai dirigir.

E na contramão de ser adaptada, adaptei.
Pois bem... O romance Santa Maria do Circo, do escritor mexicano David Toscana, foi adaptado para o cinema por mim em parceria com o ator Guilherme Weber.
Ainda não sei a previsão de lançamento do filme. Deve demorar um pouco também. Afinal, o roteiro foi concluído no final de 2010.

O livro é uma alegoria. Conta a história de uma trupe circense que depois de muito caminhar de cidade em cidade, encontra um povoado abandonado no meio do deserto mexicano e decide ali fundar uma cidade. E agora, inicia a construção de uma sociedade, ou aquilo que eles pensam ser uma sociedade, tranformando esse jogo de luz e sombra entre o real e o sonhador, chafurdando em emoções tão sutis e numa espécie de miséria tão evidente, que torna tudo belo.

Este livro tem muitos adoradores. Teve ótimas críticas e atenção da mídia quando foi lançado no Brasil. Inclusive, o autor, foi convidado da Flip 2006, se não me engano. Botar a mão em algo assim, é de bastante responsabilidade. Adaptar uma obra, é ter liberdade, mas não libertinagem. Como assim? Adaptar para o cinema é principalmente fazer saltar os pontos principais, os detalhes mais veemente, tentar extair o melhor do texto e do seu enredo e colocar tudo em no máximo duas horas. UFA!


Agora, é esperar para conferir.

*That´s all folks*

2 comentários:

Biajoni disse...

quanta novidade num só post!
parabéns, ana.
:>)
em maio tem lançamento de ELVIS & MADONA, o filme. estarei no rio e te falo, quem sabe não nos encontramos?
beijo grande.
:>*

Anônimo disse...

Ah...é só combinar e nos encontramos sim. Sucesso com o livro e o filme.
bjs
;)
Ana