Não comemoro com bebidas e danças. Acho a maioria das celebrações uma perda de tempo. Celebro intimamente o que quer que seja. Não preciso gritar nada para o mundo. Não preciso que me escutem, pois não anseio por seus conselhos e opiniões. Não sou arrogante ou desprezível como alguns de meus personagens. Não me reinvento para escrever, publicar, causar burburinho ou coisa que o valha. Sigo desviando-me da morte. Esperando escapar mais uma vez. Só isso. E isso já é muito.
Não tolero essa conversa de que “só me arrependo do que não fiz”. Quem disse isto já estava com a alma no abismo. Graças por não ter dado na cara do professor, esfaqueado meu irmão, chutado o cachorro fedido, trepado sem camisinha, roubado o CD na loja de conveniência, por não ter aceitado aquela carona, enchido a cara e vomitado na minha roupa nova, cheirado a primeira carreira de cocaína. Graças pelos nãos. Se não fosse por essa simples palavra que muitos acham negativa, talvez eu não estivesse aqui. Continuo desviando-me da morte. Esperando escapar mais uma vez.
*That´s all folks*
2 comentários:
Segue em frente Ana!!
Corre o fluxo e vai embora.
abraço.
Diogo, li o artigo. Me lembrou um conto que escrevi chamado "32 dentes"
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