Enfezada e marginal.

Dizem que sou meio enfezada. Sou não. Não meio. Sou inteira. Pra cacete. Mas não parece. Não assim, numa primeira olhada. Mas depois você vai percebendo. Não queria ser enfezada, queria ser mais doce, mas não sou nada doce. A princípio você pensa que sim, mas não sou não.

Hoje limpei a casa enquanto escutava dezenas de músicas e baixava mais filmes do Mario Bava. Ontem assisti ao famoso “Black Sabbath”. Ai ai... como gosto dele. Gosto de filmes B, é coisa de gente enfezada. Depois de tanta limpeza, me limpei e fui dar uma volta. Adoro dar voltas na rua no domingo à tarde. Vou me embrenhando pelas ruas, poucas pessoas, você pode olhar melhor o redor. Aí senti muita fome. Havia uma hora e meia que havia almoçado bem. Ando faminta ultimamente. Minha última parada era a livraria do Artplex. Mas antes fiz uma boquinha. Chegando na livraria, é o trajeto de sempre. Apanho livros quase imorais na seção adulto e me escarrapacho no tapetinho macio da seção infantil. Fico lendo baixarias ao redor das criancinhas.

Hoje cheguei a deitar no chão. Bem largada mesmo e ninguém fala nada por causa da cara enfezada. Haha.

Penso em deixar um desses exemplares na seção infantil, como os contos de Hilda Hist, tipo “O cardeno rosa de Lory Lamby”. Que sacanagem!

Dei de natal para o meu sobrinho o “Jogo da Fronteira”. Agora a receita federal quer tirá-lo do mercado. Eu ri pra caramba quando li a sinopse do jogo. Adorei e pensei: “meu sobrinho vai roubar pra cacete”. Haha. Eu sei... sou irresponsável pra burro. O jogo é politicamente incorreto. Mas o garoto precisa começar a entender dessas coisas.

Pra saber sobre a polêmica do jogo, clique aí:http://www.terra.com.br/istoedinheiro/485/negocios/jogo_polemica.htm

Quando tenho dinheiro pra dar um presente ao meu sobrinho/afilhado, ele é considerado impróprio, pois ensina aos garotos a subornar autoridades. Que merda. Que sina marginal é essa!

Mas nada mais corruptível, enfezado e marginal que jovens enforcados num galho de árvore. Entenda a metáfora.

*That´s all folks*