quinta-feira, março 22, 2007

Corpos estranhos e café expresso

Recebi uma circular do condomínio do meu prédio e uma das observações era:

"A área do estacionamento deve ser utilizada exclusivamente por carros e motos, não podendo sob qualquer hipótese, abrigar corpos estranhos a sua finalidade principal e nem ser utilizada para outros fins"

Isto me assustou. Putz... isto não te assustaria?

A área do estacionamento tem uma apmla parte não asfaltada com plantas e árvores. É evidente que pensei a respeito desses corpos estranhos serem corpos ensacados e enterrados entre as árvores e os carros. Corpos de pessoas que não moram no prédio. Por isso, corpos estranhos.

Eu, muito envolvido em descobrir corpos estranhos no estacionamento do prédio, já que o pátio fica em frente a minha janela, passei desbercebida pelo caso "Amores Expressos" Santiago Nazarian me escreve um email dizendo para eu visitar seu blog, pois havia falado algo a meu respeito. Aí, tomei vago conhecimento sobre o bafafá. No dia seguinte, um jornalista da Folha S. Paulo me escreveu um email, pedindo minha opinião sobre o bafafá. O escritor Saint-Clair me escreveu dizendo que me mandou pra Cidade do México. Aí... eu vi que precisava voltar a realidade. Alguma acontecia com a literatura.

Suspirei fundo...


Precisei suspender minha expedição pelo estacionamento do prédio. Larguei a pá, as luvas de borrachas e meu capacete, e decide ler sobre o assunto.

Uma disposição da porra o povo tem né? Cacete! Li muitos dos comentários no site TodoProsa e entendi do que se tratava. Porém, não entendi tanto rebuliço.

Em resposta a Folha de São Paulo não me lembro exatamente o que disse, porém
salientei que se me colocasse num outro país com tudo pago eu arranjaria umas confusões, tomaria uns tapas, ouviria uns desaforos, desenncadearia uma brigas e muitos desentendimentos e escreveria um roadmovie violento.
É verdade. Meus amigos próximos sabem que só os coloque em furadas, principalmente em viagens. Isto é um dom. Saber fazer merda é um dom raro. Mas eu sou a primeira a levar porrada.

Mas concluí com a seguinte frase: "Ninguém é louco de me mandar pra nenhum lugar do mundo pra escrever uma história de amor".

Vocês tem alguma dúvida disso?

É evidente que eu me enfiaria nos guetos, faria amizade com o povo da cozinha dos hotéis e eles me fariam conhecer todo o lado B da cidade onde estivesse. Não me comporto bem. Me esforço, mas nunca é 100%. Se fosse pro México, eu engoliria o verme da tequila. Depois vomitaria o hotel alguns dias. Talvez eu começasse um romance com algum josé e teríamos uma história de amor. É isso né? História de amor? Mas posso tomar tequila com verme e vomitar no hotel?

*


Por falar nisso, minha musa do boxe Duda Yankovich levou o título mundial. A luta foi no sábado e foi linda. 10 rounds. Não ganhou por nocaute. A pontuação a favoreceu. É claro que muitos acharam que foi favorecida pelos jurados. Enfim... tanto no boxe quanto na literatura existe muitas indignações. Um, por se bater de mais, o outro por se publicar de menos.
A Belinda (EUA) é muito boa, mas a Duda é sacanagem. Ela é a minha Gina Trevisan. A Gina é a boxeadora do meu livro.

Literatura e boxe é bom pra daná! E boxe é meu xodó mais recente.

Uma coisa: A capa do livro não será mais esta aí embaixo. Uma pena. Mas o conteúdo está intacto.


O CAPÍTULO 4
de BARBUDOS CRETINOS e suas histórias canalhas já está no ar e encerra a primeira temporada. Eles voltarão... depois de "A Guerra dos Bastardos".
Aguardem a próxima temporada!


Bem... Já falei aqui do bafafá dos expressos.
Vou voltar pra minha realidade: Explorar corpos estranhos no estacionamento.
Ui!


*That´s all folks*

3 comentários:

Anônimo disse...

Cara Ana Paula Maia:

Acabei de ler a matéria sobre o Amores Expressos da Folha de São Paulo e achei um pouco direcionada. Você realmente disse que se posicionava "contra os clichês" como está na reportagem? PS: li seu livro, adorei, mesmo, tanto que sempre que posso, dou uma espiada em seu blog e nos folhetins!

Abraços,

Vera Helena

Anônimo disse...

Oi Vera,
não me posiciono contra os clichês não. Cada um escreve o que quer. Esse é o bom das artes. Porém o jornalista deve ter entendido minha resposta como tal.
Mas minha resposta não poderia ser outra. "A Guerra dos Bastardos" meu novo romance, está carregado de amor. rs. Evidente que o amor nele está sob o meu entendimento sobre o assunto.

bjs e valeu!
ana paula maia

Anônimo disse...

Quem conhece as coisas que escrevo, fica fácil entender o que digo por aí.

ana paula maia