terça-feira, abril 17, 2007

mariposas fazem sombras em mim enquanto sobrevoam a lâmpada da sala.

Às vezes parece que estou amolecendo. Que meu coração pode ser partido em alguns pedaços. Mas não. Quando amoleço, eu choro. E quando choro meu coração se fortalece. É um músculo robusto. Não dá pra perceber porque o meu peito é profundo. É profundo como a minha alma presa às coisas fora da minha dimensão palpável.
Sou sensível por fora, frágil como uma garotinha, mas aprendi a derrubar touros. Eles são fortes por fora e instáveis por dentro. Em meio a instabilidade dos outros, encontro um equilíbrio que move minhas relações. Às vezes desabo. Então eu durmo. Durmo muitas horas. Quando acordo, as horas transcorreram, o planeta girou, pessoas nasceram, morreram, mutilaram-se, desistiram, choraram, beberam, drogaram-se, se desesperaram, concluíram e recomeçaram. Eu acordo. Tomo um banho. Como alguma coisa. Retomo minha vida e me apoio nessas instabilidades que moverão meu novo dia.


*That´s all folks*

Um comentário:

Anônimo disse...

Realmente o grande eixo central de uma louca roda gigante é um troço bastante solitário!