Se rotulo meus textos como sendo pulps, é porque acredito que para se fazer pulp nos dias de hoje é necessário uma atualização do gênero. ôoooooo... como assim?
Conan, o bárbaro, não cola mais. Aranhas gigantes ou Caranguejos alienígenas também não. Nossa hiper-realidade, a materialização do futuro cada vez mais próximo, sei lá, coisas que antes encantavam, agora faz rir. Os pulps se tornaram uma literatura ingênua se comparado a tudo que se escreveu desde o seu surgimento.
O meu Conan, o bárbaro, se chama Edgar Wilson ou Erasmo Wagner.
A truculência, uma pitada de exagero e atitudes heróicas também estão nos textos.
Porém, são homens não dotados de algo extraordinário, são homens ordinários dotados
de singulares pontos de vistas. O poder de cada um está embutido na sua força de sobrevivência, não contra monstros ou bárbaros, mas sobreviver a truculência impelida no mundo, em todo o canto. Abatendo porcos, recolhendo o lixo ou quebrando asfalto.
"Conan surgiu na minha mente quando visitei uma pequena cidade fronteiriça junto
ao Rio Grande. Apareceu simplesmente do nada, completamente desenvolvido, e fez-me lançar mãos ao trabalho e registrar a saga das suas aventuras. Um qualqer mecanismo no meu subconsciente juntou as características de vários lutadores profissionais, pistoleiros, falsificadores de whiskey, fanfarrões, jogadores de apostas e trabalhadores honestos que conheci e, todos combinados, deram origem à almágama a que chamo Conan, o cimério."
[Roberto E. Howard - criador de Conan, o bárbaro]

*That´s all folks*
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