É um artigo reflexivo e não um punhado de parágrafos reclamões. E por ser um artigo reflexivo, percebi que em muitos pontos existe coerência entre alguns de meus pensamentos e os do autor do artigo, Mariel Reis.
Um dos pontos principais do artigo é sobre a possível falência da literatura, ou melhor, no esgotamento dos assuntos. Autores que escrevem em círculo. Que possuem o mesmo modus operandi em suas narrativas e construções textuais. Uma espécie de apatia social literária. Não existe nestes textos, segundo compreendi e concordo, um estímulo a transformação do olhar... do olhar crítico, do olhar que nos faz caminhar pelas ruas e refletir sobre o que leu. O tal poder de transformação da literatura, acredito, seja esta expansão das possibilidades... de olhares novos e que levam a questionamentos.
Bem.... o link para o artigo é este:
Reflexões Sobre A Literatura Brasileira Contemporânea.
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Mudando radicalmente de assunto, gostaria de saber por anda este garotinho. Cigarrinhos de chocolate Pan eram deliciosos. É surreal pensar nos dias de hoje numa embalagem como esta.
Ah........... o mais estranho é que encontrei o carro do Edgar Wilson, na fase A Guerra dos Bastardos, à venda num site. Vendo a foto, tenho a impressão de que ele acabou de sair correndo, mas volta logo logo.
*That´s all folks*
6 comentários:
Até hoje eu lembro, saudosista, da embalagem desses cigarinhos da Pan. E, pela primeira vez na vida, olhei esse menino aí e vi que ele parece muito com o Acerola (ou seria o Laranjinha?) da série "Cidade dos Homens"... ou estou delirando?
Oi Ana Paula, sou da AR e entrei no seu blog pela lista. Bem vinda a associação e gostei muito do artigo tb... Apesar de pertencer "aos não publicados" eheh. Adorava cigarrinhos Pan. Beijos e vamos nos falando.
Aldo, pelo tempo desta embalagem, deve ser o cantor Jair Rodrigues. rs.
Ei Tita, bacana aparecer por aqui. Volte sempre e claro, vamos nos falando sim. Divulgue o link do blog lá na AR :)
bjs,
ana paula.
Mercado dá muito espaço para gente ruim. Hoje o esgotamente da literatura não é pela qualidade e sim pela quantidade (de coisa ruim) de gente vivendo o personagem "escritor".
Lygia Fagundes Telles, ontem, no "Entrelinhas" da Tv cultura, disse que há extinção de índios e leitores.
É vero, mas, não acho que exista escritores demais; pensando, até, na proporção em outros países... Fato é que há poucos leitores mesmo. Eles fogem dos livros. Será culpa dos escritores?
Quanto ao primeiro assunto, há gente fora da mídia muito boa. Fui atrás de um livro, "Encarniçado" de João Filho. É de trilha Raimundos-Ramones; bloody roots Sepultura:
"A véia tinha esquecido de desovar as petecas, daí algumas estarem coladas na cabeça do pau laxo de Surdomeira. ela catou duas, esticou uma na perícia que neófito não crê. enquanto ela cafungava abri com a peixeira o tórax do velho. cena: roncadura de porco na hora da dura! a véia não teve tempo de juízos, refiz o mesmo ato. só que nela dei duas: uma na buça (quem sabe não desembucetava outras petecas?), outra veio debaixo do queixo. na primeira não sei se a véia esperneou ou teve gozo. peguei pelo cais, desabitado nas desoras, banhado em sangue lavei-me numa nesga do Rio".
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