Hoje fui assistir ao filme "Ensaio sobre a cegueira". Aqui no Estação Botafogo. Sala 01. Paguei dois reais.
UAU! por dois reais eu assistia até a missa do galo.
Na sessão haviam poucas pessoas; estavam todos espalhados. O que era bom. O ruim era o cheiro de coxinha ao meu redor. Aquilo me deu engulhos. A mulher na minha frente não parava de comer. Troquei de lugar e fui me sentar a três cadeiras da velha que tossia. Tosse braba, dessas epidêmicas. Daí, comecei a sentir cólicas. Estou mestruada.
Bem...
Segundos antes do filme começar acreditei ter entrado na sala errada. A promoção de filme baratinho se estendia à adaptação da obra de Saramago, mas eu não sabia. Com a sala escura, tentava ler no bilhete o nome do filme.
Foi minha pré-experiência sobre o que viria a seguir. A cegueira. Não consegui ler o bilhete e logo o filme começou.
Gostei da fotografia. Muito bem arranjada, mas achei o filme chato.
A PARTIR DAQUI HÁ SPOILLERS.
Durante um longo período eu esperei ver zumbis, pois tinha certeza de que apareceria um por lá. Mas não. A passividade da protagonista me incomodou. Eu mudaria a escalação do elenco. Por que não colocaram a Uma Thurman no lugar da Julianne Moore?
O filme teria trinta minutos a menos e seria mais emocionante.
CadÊ a aplicação do ditado popular sobre quem tem um olho em terra de cego é rei?
A mulher tinha dois olhos e estava tão cega quanto os outros. Era isso o que o filme queria passar?
Bem bem... essas mensagens são um tanto cansativas.
Voltamos a Uma Thurman. Ela e uma Hattori Hanzo seriam perfeito naquele local. Teve sangue, escatologia, violência, horror, mas não teve vingaaaaaaaaaaaaança.
Eu achei todo mundo muito passivo e o Gael como cego psicopata não me convenceu. A protagonista queria mesmo dar para ele. Depois disso, ela o matou, mas só depois, viu só?
Pode me chamar de insensível... ok ok... mas o filme é bem chatinho, isso é.
Mas vá lá... dois reais.
Enfim...
Depois vou contar um pouco do encontro sobre violência e literatura que aconteceu na semana passada em São Paulo. Aliás, o meu vôo de volta foi mais emocionante que o filme. Pra começar o motorista seguia para Cumbica quando era pra ter ido para Congonhas. Quando chego, um toró. Aeroporto fecha. Duas pessoas furam a fila na minha frente. Não havia almoçado. Sonhava com o lanchinho da TAM. Quando este começou a ser servido, turbulência e interromperam os serviços.
Afinal, cheguei inteira e com fome.
*That´s all folks*
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Um comentário:
Olha Ana,se me permite já senti o mesmo.Evito as salas de cinema,me sinto pouco a vontade.Mas vale o sacrificio pela setima arte.Adorei o post.
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