terça-feira, novembro 11, 2008

Tosse, cegueira e coxinha de galinha.

Hoje fui assistir ao filme "Ensaio sobre a cegueira". Aqui no Estação Botafogo. Sala 01. Paguei dois reais.

UAU! por dois reais eu assistia até a missa do galo.

Na sessão haviam poucas pessoas; estavam todos espalhados. O que era bom. O ruim era o cheiro de coxinha ao meu redor. Aquilo me deu engulhos. A mulher na minha frente não parava de comer. Troquei de lugar e fui me sentar a três cadeiras da velha que tossia. Tosse braba, dessas epidêmicas. Daí, comecei a sentir cólicas. Estou mestruada.

Bem...

Segundos antes do filme começar acreditei ter entrado na sala errada. A promoção de filme baratinho se estendia à adaptação da obra de Saramago, mas eu não sabia. Com a sala escura, tentava ler no bilhete o nome do filme.

Foi minha pré-experiência sobre o que viria a seguir. A cegueira. Não consegui ler o bilhete e logo o filme começou.

Gostei da fotografia. Muito bem arranjada, mas achei o filme chato.

A PARTIR DAQUI HÁ SPOILLERS.

Durante um longo período eu esperei ver zumbis, pois tinha certeza de que apareceria um por lá. Mas não. A passividade da protagonista me incomodou. Eu mudaria a escalação do elenco. Por que não colocaram a Uma Thurman no lugar da Julianne Moore?

O filme teria trinta minutos a menos e seria mais emocionante.

CadÊ a aplicação do ditado popular sobre quem tem um olho em terra de cego é rei?

A mulher tinha dois olhos e estava tão cega quanto os outros. Era isso o que o filme queria passar?

Bem bem... essas mensagens são um tanto cansativas.

Voltamos a Uma Thurman. Ela e uma Hattori Hanzo seriam perfeito naquele local. Teve sangue, escatologia, violência, horror, mas não teve vingaaaaaaaaaaaaança.

Eu achei todo mundo muito passivo e o Gael como cego psicopata não me convenceu. A protagonista queria mesmo dar para ele. Depois disso, ela o matou, mas só depois, viu só?

Pode me chamar de insensível... ok ok... mas o filme é bem chatinho, isso é.
Mas vá lá... dois reais.

Enfim...

Depois vou contar um pouco do encontro sobre violência e literatura que aconteceu na semana passada em São Paulo. Aliás, o meu vôo de volta foi mais emocionante que o filme. Pra começar o motorista seguia para Cumbica quando era pra ter ido para Congonhas. Quando chego, um toró. Aeroporto fecha. Duas pessoas furam a fila na minha frente. Não havia almoçado. Sonhava com o lanchinho da TAM. Quando este começou a ser servido, turbulência e interromperam os serviços.

Afinal, cheguei inteira e com fome.


*That´s all folks*

Um comentário:

Nazarethe Fonseca disse...

Olha Ana,se me permite já senti o mesmo.Evito as salas de cinema,me sinto pouco a vontade.Mas vale o sacrificio pela setima arte.Adorei o post.