sexta-feira, setembro 04, 2009

Correndo do umbigo.

Essa noite sonhei que estava num campo de concentração. Mas o campo era o terraço de um prédio. E eu queria ligar para os meus pais e planejava uma fuga. Foi um sonho cinza-escuro.

Bem, ontem assisti ao filme A Orfã. Talvez o tom sombrio do filme tenha me proporcionado o sonho horas depois.
O filme, em princípio é clichê, mas eu gosto do gênero: criança adotada, malvada, origem indefinida, essas coisas. Mas esse filme tem um elemento surpresa. E esse elemento eu nunca tinha visto antes. Eu gostei do filme.

Dias atrás assisti a outro filme: Amantes, com o Joaquim Phoenix. É bom, é romântico, com boas interpretações e envolvente. Previsível, até porque uma história dessas teria poucas chances de não ser, mas tem alguns momentos de boas surpresas no enredo. Também gostei desse.

Mas é aquilo, eu não sou nem de dar pitaco ou opinião sobre filmes, então assista você! E depois decida.

Eu só leio o que gosto e só assisto ao que gosto. Também só bebo o que gosto e como o que posso (já que tenho alergia a peixes - qq. coisa que venha do mar, incluindo homem-boto. hahahah. E a tão famigerada intolerância a lactose.)

Bem.... voltando a mim e ao meu umbigo... que aliás, devo dizer que minha mãe guardou meu umbigo quando nasci. Cresci sabendo que dentro da gaveta do guarda-roupas, embrulhado numa gaze havia um pedaço do meu umbigo. Vivi dias de pavor por causa daquilo. Às vezes, me ameaçavam em mostrá-lo: Você quer ver? E eu saía correndo e chorando.

Isso mostra que minha relação com meu próprio umbigo é muito difícil desde criança. Sendo assim, e talvez isso justifique a minha literatura ser tão descentralizada de mim.

Por que alguém guardaria o umbigo de outro? Do filho? Nossa, é admiravelmente grotesco.
Sem contar que quando um dente estava mole e prestes a cair vinham com aquele papo que uma fada ia pegá-lo e eu devia fazer um pedido. Começava meu terror. Eu tinha muito medo de encontrar uma fada, pois para mim, fada, papai noel, girassol entre outras coisas eram diabólicas. Não, ninguém me ensinou isso. Eu simplesmente achava isso e pronto.
O medo de girassol (durante a infância) deve ser contado numa outra oportunidade.

Tem uma novidade vindo por aí. Mais uma intervenção literária na internet. Assim que possível, eu conto mais.


*That´s all folks*

7 comentários:

Unknown disse...

Com certeza, uma das melhores escritoras nacionais dos últimos tempos! Adoro seu estilo... Parabéns pelo ótimo trabalho!

Ana Paula Maia disse...

;)

Igres Leandro disse...

Haha. Essa do umbigo foi engraçada.

fab disse...

Li uns trechos seus por aí e fiquei fascinado. Pena que cheguei tarde demais para o Entre rinhas de cachorros e porcos abatidos.

Grande abraço.

Ana Paula Maia disse...

Tarde demais coisa nenhuma!

O livro "Entre rinhas de cachorros e porcos abatidos" está nas livrarias numa bela edição.
:)

fab disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
fab disse...

Eu sei, Ana Paula. Tá na lista de compras. Mas você me entendeu ;).