quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Essa mulher...

Faz um tempo que não me sento para escrever no blog. Coisa essa que me dá muito prazer sempre que tenho vontade. Bem, minha não assiduidade faz com que muitas coisas aconteçam e eu não conte. Me esqueço. Não me lembro de todos os filmes que assisti nos últimos 15 dias. É aterrador constatar isso e admiti-lo é mais ainda. Tamanha é minha carga de informação. Não só minha, mas sua também. De todos nós.
Ando lendo pouco. Não sei a razão. Nada tem me prendido a atenção nos últimos meses. O jeito é reler Campos de Carvalho.
Mas começo a procurar por um e outro autor que possa me dá prazer em ler. Aliás, de graça só leio por prazer. Pagando, eu leio qualquer coisa.

Com cinema não é a mesma coisa: eu posso assistir a qualquer filme e até mesmo pagar por isso.
Bem, tenho hábito de assistir a filmes não muito bem sucessidos. Alguns que nem vão para o cinema, seguem direto para o DVD.
Sempre gostei de filmes ruins, o que não anula o meu gosto por filmes excelentes. Tenho um gosto terrivelmente bom para filmes interessantes e um gosto estranhamente anti-estético para filmes ruim. A pipoca fica mais gostasa no segundo caso.

Terminei de passar a revisão do meu novo romance à limpo. Agora, vou imprimir novamente. Esse momento deveria ser embalado de alegria, mas aí começa o efeito sanfona da minha autocrítica torta: o livro tá bom. o livro tá ruim. isso é excelente. isso é uma porcaria.

Assim tenho estado sem chegar a nenhuma conclusão. Geralmente nunca chego. Geralmente nunca sei o motivo exato para ter escrito o que escrevi e é difícil responder às perguntas posterioes a publicação.


Carvão animal é o meu quarto livro, porém é a minha quinta história. Isto pois, "Entre rinhas de cachorros e porcos abatidos" é constituído de duas novelas: a que dá título ao livro e outra chamada: O trabalho sujo dos outros.

Depois de "A guerra dos bastardos", meu segundo romance, "Carvão animal" foi o livro mais difícil que escrevi. Primeiro, pela propriedade do tema; segundo, pelos cenários e personagens; terceiro, pelos diálogos meticulosamente dosados; quarto, pelo cuidado de não exagerar; quinto, por encerrar uma saga: A saga dos brutos; sexto, por finalmente dizer onde se passa a trilogia - uma cidade fictícia com nome de mulher; sétimo, por estabelecer um universo tão próprio que deixa de ser meu. Eu preciso me inserir na história para entender como tudo acontece.

Bem...

Por falar em mulher...

É sabido por alguns que os principais personagens de minhas histórias são homens e tudo acontece ao redor deles. As mulheres quando aparecem são breves.
Mas aí está... o local em que as três histórias que compõem a saga se passa numa cidade fictícia com nome de mulher.
No fundo... essa "mulher" é quem gera todos os personagens. Que possibilita todas as histórias. Que provê o imaginário. Que dá sustentação às palavras.

Essa mulher deve ser eu mesma. Aí... só fazendo um estudo de caso para compreender.

***

O capítulo 8 do folhetim ainda não entrou no ar no cronópios. Deve ser por causa do feriado. Logo, logo, ele entra OK?
Eu aviso aqui.

Sábado tem crônica inédita no site Vida Breve. Gostei dessa crônica. Tem algo de terror nela.
E é a partir desse sábado que minhas crônicas começam a ser ilustradas por Osvalter e não mais pela Tereza Yamashita.


*That´s all folks*

Um comentário:

Antonio disse...

Ana, tem uns textos meus no Cronópios. "O peixinho que virou gente". São microcontos.

Abraços

Antônio