quinta-feira, março 16, 2006

Dias e horas...

Meu peito parece que vai estourar a cada tossida. Resfriei de vez ontem à noite. Estou tossindo como cachorro doente. Meu computador ainda está na manutenção, então escrevo num pentiumssauro que quebra o galho. Meu blog cor de chocolate deu pau de verdade. Minha avó caiu no banheiro e quebrou o fêmur. Está no hospital. Fará uma cirurgia. Eu a encontrei caída no chão, até por que quando caiu, o barulho foi grande, e isso aconteceu à uma da manhã. Minha coluna que andava trincada, piorou de vez, já que tive de levantá-la do chão, ajeitá-la na cama. Meu irmão disse que não poderia ter mexido nela, mas nessas horas só se pensa em fazer alguma coisa.

Tudo está estranho. Parece que alguma coisa tenta me sabotar. Pode ser exagero, mas tenho apenas tentado sobreviver à esses dias. A sensação de encontrar alguma fatalidade em cada esquina esmorece meu coração. Felizes são os peixes. Gostaria de ser um peixinho dourado e viver num aquário.

Engraçado como às vezes nos tornamos nossa própria ficção. Tenho a impressão rara de que crio ficção para me esconder dentro dela nos dias tenebrosos, porque lá, o final já está escrito e tudo é previsível.

Deixo aqui um trecho do meu romance inédito “A Guerra dos Bastardos.”


“Esperar. Isso é tudo que Amadeu faz confinado entre o carpete mofado e o teto infiltrado, desintegrando-se sobre sua cabeça, como a droga de uma tempestade e suas nuvens carregadas alastrando-se descompensadas. Não demonstra ansiedade. Tem paciência, ainda que um sol glorioso o convide a caminhar pela rua, não se importa com a sua condição de confinamento.”

[A Guerra dos Bastardos _ Ana Paula Maia]



*That´s all folks*


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