Pode parecer brincadeira de minha parte, mas não é. De sábado pra domingo tive outro sonho. Bem, esse foi assim:
Eu aluguei uma bela casa no interior do Rio de Janeiro com uma mobília magnífica, jardim bem cuidado, paredes altas e janelões. Era uma casa no meio do nada, ficava à beira de uma estrada pouco movimentada. Eu havia ido pra lá porque queria um lugar sossegado pra escrever e isso era tudo o que havia naquele lugar. Sossego e conforto.
Como Carrie, a estranha, no seu baile de formatura, era assim que me sentia; completamente encantada. Eu girava sobre os calcanhares e admirava a altura das paredes e o cheiro forte da madeira dos móveis rústicos, uma maravilha.
Alguém entrou na casa para conversar comigo. E a questão era a seguinte: Aquele casarão era o único local habitado nas redondezas e espaçoso o suficiente, por isso algumas empresas de ônibus usavam o belo casarão como parada para os viajantes usarem o banheiro. E foi o inferno a partir daí. O primeiro ônibus parou em frente à casa e a primeira leva desceu. Um homem entrou na sala de estar, imensa e linda, e puxou um balcão, umas prateleiras e de repente um bar ali dentro.
As pessoas acostumadas a viajar por aquela estrada, estavam habituadas a pararem no casarão. Era a porra de um ponto turístico. Eu assistindo a invasão e a pessoa que havia me explicado sobre as paradas disse que seria impossível dizer àquelas pessoas que elas não poderiam mais usar o meu banheiro ou beber no meu bar.
Eu via o dinheiro entrar. Era muito. Para cada ida ao banheiro era cobrado três reais. O dinheiro não parava de entrar e eu ouvia o barulho das descargas e mais dinheiro aparecia na minha mão. Mais uma puxada na descarga, mais notas reais na mão.
No bar era uma festa. Copo após copo sobre o balcão. Cada copo esvaziado meu bolso se enchia. De repente parei num canto e pensei: Vou para outro lugar tentar escrever ou fico aqui enriquecendo ao som de descargas e copos esvaziados? De uma em uma hora, parava um ônibus e era aquela agitação. Conseguia uma média de 200 reais a cada parada. 200 x 12 = 2.400. Sim era isso que eu lucraria por dia. Dois mil e quatrocentos reais. Eu tinha apenas uma hora para escrever antes da próxima leva de viajantes. Então passei a dividir meu tempo entre receber dinheiro pelas descargas na privada e escrever sentada diante de um laptop preto. De hora em hora e aquilo nunca chegava ao fim. Descargas e palavras. Acordei cansada, puxei minha descarga diversas vezes e não apareceu um centavo sequer na minha mão. Descargas... só me restou as palavras.
*That´s all folks*
Eu aluguei uma bela casa no interior do Rio de Janeiro com uma mobília magnífica, jardim bem cuidado, paredes altas e janelões. Era uma casa no meio do nada, ficava à beira de uma estrada pouco movimentada. Eu havia ido pra lá porque queria um lugar sossegado pra escrever e isso era tudo o que havia naquele lugar. Sossego e conforto.
Como Carrie, a estranha, no seu baile de formatura, era assim que me sentia; completamente encantada. Eu girava sobre os calcanhares e admirava a altura das paredes e o cheiro forte da madeira dos móveis rústicos, uma maravilha.
Alguém entrou na casa para conversar comigo. E a questão era a seguinte: Aquele casarão era o único local habitado nas redondezas e espaçoso o suficiente, por isso algumas empresas de ônibus usavam o belo casarão como parada para os viajantes usarem o banheiro. E foi o inferno a partir daí. O primeiro ônibus parou em frente à casa e a primeira leva desceu. Um homem entrou na sala de estar, imensa e linda, e puxou um balcão, umas prateleiras e de repente um bar ali dentro.
As pessoas acostumadas a viajar por aquela estrada, estavam habituadas a pararem no casarão. Era a porra de um ponto turístico. Eu assistindo a invasão e a pessoa que havia me explicado sobre as paradas disse que seria impossível dizer àquelas pessoas que elas não poderiam mais usar o meu banheiro ou beber no meu bar.
Eu via o dinheiro entrar. Era muito. Para cada ida ao banheiro era cobrado três reais. O dinheiro não parava de entrar e eu ouvia o barulho das descargas e mais dinheiro aparecia na minha mão. Mais uma puxada na descarga, mais notas reais na mão.
No bar era uma festa. Copo após copo sobre o balcão. Cada copo esvaziado meu bolso se enchia. De repente parei num canto e pensei: Vou para outro lugar tentar escrever ou fico aqui enriquecendo ao som de descargas e copos esvaziados? De uma em uma hora, parava um ônibus e era aquela agitação. Conseguia uma média de 200 reais a cada parada. 200 x 12 = 2.400. Sim era isso que eu lucraria por dia. Dois mil e quatrocentos reais. Eu tinha apenas uma hora para escrever antes da próxima leva de viajantes. Então passei a dividir meu tempo entre receber dinheiro pelas descargas na privada e escrever sentada diante de um laptop preto. De hora em hora e aquilo nunca chegava ao fim. Descargas e palavras. Acordei cansada, puxei minha descarga diversas vezes e não apareceu um centavo sequer na minha mão. Descargas... só me restou as palavras.
*That´s all folks*
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