quarta-feira, maio 10, 2006

Dream & Fiction

Não estou dando conta de ler o que me mandaram. Venho a público me desculpar e dizer que as leituras serão concluídas. I´m lost in translation. Está tudo guardadinho aqui.
E está perdido em sua própria tradução ou decodificação é estranho, porém até me faz bem de certa maneira. Não alivia os pesadelos, esses continuam, não sei a razão.
Dessa vez, despejei um pouco de ácido na perna e minha panturrilha rasgou-se numa cavidade profunda e esponjosa. Durante todo o sonho eu andei de um lado para outro sem saber como fechar o rasgo e não querendo encarar o osso, porque dava para vê-lo. Não tenho coragem de contar o resto.
Dizem que tenho uma atividade cerebral em freqüência descompassada, não dou conta das idéias acorda, então, quando adormeço as idéias continuam de modo desgovernado.
Minhas memórias, sonhos, pesadelos e ficção; me parece que equacionados o resultado é que posso começar a aprender a me decodificar. Por isso, vai aqui mais um trecho de “A Guerra dos Bastardos”. Nessas horas é que percebo como sou minha própria ficção.

“Um suave tilintar de sininhos angelicais permeava à sua volta acompanhado de um forte odor férrico. Ao acordar, uma cavidade rasgada em seu antebraço, os dentinhos cravados na carne até os ossos, lambuzada de sangue morno, os olhinhos brilhando no princípio das trevas; fezes, sangue e saliva dentro da ferida exposta com as veias arrebentadas e corroídas fluindo através da garganta de Rasputin. De supetão lançou-a a distância e em seguida a mistura explosiva atingiu a ratazana que corria incinerada pelo quintal, enfurecida, e desapareceu como a hora crepuscular pondo-se em alguma cavidade subterrânea”.
[A Guerra dos Bastardos _ ana paula maia]


*That´s all folks*

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