quarta-feira, maio 24, 2006

Sem título no momento


Tudo por aqui anda corrido e muito molhado devido aos temporais. Acabei de me mudar e tô fazendo um freela apertado. Estou acessando internet de uma Lan House podre no centro da cidade. Aqui está cheio de homens asquerosos, jogando em rede e gritando uns com os outros. Temo roubarem minha mochila. Meu tempo está cronometrado e enquanto escrevo, leio emails. Será assim até a Telemar instalar meu telefone e liberar meu velox. Ai ai...
Meus livros estão encaixotados, meus sapatos encharcados, minhas roupas enxovalhadas. Mas está indo tudo bem. Ainda estou sem gás também, então só como na rua. Sem louça pra lavar. Bem, esta semana continuará corrida, mas depois abranda os ânimos. Mas é o processo contínuo da vida. Sem idéias próprias, deixo a revolução do sr. Orwell e vou me mandar daqui, antes que alguém me ataque nesse pardieiro infestado de gente doentia que acredita serem os personagens de seus joguinhos. Eles gostam de matar e gritam quando conseguem. Isto me enoja.

"Então, camaradas, qual é a natureza desta nossa vida? Enfrentemos a realidade: nossa vida é miserável, trabalhosa e curta. Nascemos, recebemos o mínimo alimento necessário para continuar respirando, e os que podem trabalhar são exigidos até a última parcela de suas forças; no instante em que nossa utilidade acaba, trucidam-nos com hedionda crueldade.
Nenhum animal, na Inglaterra, sabe o que é felicidade ou lazer, após completar um ano de vida. Nenhum animal, na Inglaterra, é livre. A vida do animal é feita de miséria e escravidão: essa é a verdade, nua e crua"
...

"Mesmo miserável como é, nossa vida não chega nem ao fim de modo natural. Não me queixo por mim, que tive até muita sorte. Estou com doze anos e sou pai de mais de quatrocentos porcos. Isto é a vida normal de um barrão. Mas no fim, nenhum animal escapa ao cutelo."
[A Revolução dos Bichos _ George Orwell]

*That´s all folks*


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