"Costumo ler na hora do almoço, porque ele dura somente quinze minutos. Como pouco e rápido. Os outros quarenta e cinco minutos eu me afogo em palavras. Assim como me afogo em rabos à noite, depois da janta. Nunca regurgito o que como, seja orgânico, animal, infestado, doente. Palavras e secreções; é nisso que penso na maior parte do meu tempo enquanto mexo o panelão. A cabeça fica livre, as veias dilatam-se com o vapor causando rachaduras em meu cérebro, dando brecha pra qualquer tipo de coisa entrar".
[trecho do conto Mee Yang, a ser publicado em antologia em breve]
*That´s all folks*
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