quarta-feira, outubro 11, 2006

“Então perdi a cabeça. Ergui-me os braços à minha frente, tentando apalpadelas das mais dolorosas. Comecei a fugir, precipitando-me pelo inextrincável labirinto, sempre descendo, correndo pela crosta terrestre como um habitante das falhas subterrâneas, chamando, gritando, urrando, logo machucado pelas saliências das rochas, caindo e erguendo-me ensangüentado, tentando beber o sangue que inundava meu rosto e sempre esperando que aparecesse uma muralha para arrebentar minha cabeça.”

Era assim que eu me sentia. Um habitante das falhas subterrâneas. Um maldito habitante das falhas subterrâneas todo ensangüentado esperando aparecer a primeira muralha na minha frente pra dar uma baita duma cabeçada nela”.
[Trecho do livro O Habitante das Falhas Subterrâneas _ ana paula maia]

*That´s all folks*

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