domingo, janeiro 07, 2007

Vem tirar o leite Ana Paula, são seis horas da manhã.

Assisti ao filme “O Planeta dos Vampiros”, do diretor italiano Mario Bava. Bem, não era bem esse que eu MAIS queria dele, mas gostei. Mario Bava é um diretor que inspira diretores. Injustamente quase esquecido. Mestre do horror italiano sempre quis assistir aos seus filmes da fase giallo. Giallo é amarelo em italiano e essa era a cor dos jornais sensacionalistas, cheios de notícias sobre crimes. Foi daí que começou a criar uma série de filmes de terror/serial killers. Já ouvi dizer que foi ele mesmo quem criou os filmes de serial killers. Sei que uma das seqüências de “A lenda do cavaleiro sem cabeça”, do Tim Burton, foi copiada de um dos filmes do Bava e que o seu “Planeta dos Vampiros” inspirou descaradamente “Alien, o oitavo passageiro”. Nunca conheci ninguém que tivesse ouvido falar nele. É mesmo uma pena.
Quanto a outro filme que falei aqui, “Faster Pussycat Kill! Kill!”. É uma inspiração. Haha.
O Fim de semana foi bem agitado. Na sexta-feira fui assistir ao espetáculo “Cauby Cauby”, com Diogo Vilela. Sensacional. Estava lá o atual governador do Rio de Janeiro. Pensei nos ônibus queimados enquanto o via por lá, transitando entre a platéia, acenando. Teve uma dúzia de decrépitos que tiraram foto com o sujeito. Muitos sorrisos. E eu pensava nos ônibus queimados. Havia até um policiamento reforçado na porta do teatro. Agora já sabemos gente, quando quiserem achar o governador, ele está assistindo a espetáculos pela cidade. Tirando fotos e distribuindo sorrisos. Cauby é uma senhora muito respeitável. Um patrimônio mesmo. Uma lady. Um grande artista.
E aí fui pra casa, pois minha opção de estender a noite era precária. Fui pra casa de metrô, é claro. Ônibus, tá mesmo foda de encarar.
Porém...
No sábado rolou o show “O Infinito de Pé” do André Abujamra, no teatro de Arena. Recomendo. O show é uma delícia. Eu gosto do cara. É sempre uma coisa boa, alternativa e que faz bem pra cacete. E depois de tanta coisa alternativa e cultural que faz bem pra cacete, fui parar numa boate gay. Ter amigos viados, e eu uso com muita propriedade essa palavra viado, pois gay eu acho muito gay, sempre nos faz terminar a noite num desses clubinhos. Mas lá era chique e limpinho. Bem... dancei a noite toda. É aquele zero a zero, mas nada como dançar com viados. Eles rebolam que é uma loucura e tem uma disposição da porra. Mas acho que tenho mesmo um cheiro de macho, pois eu nunca vi mulher com tanto viado se esfregando em volta. Haha. Ganhei uma loirinha lá... mas aí eu disse que não dava né.
Cheguei em casa exausta e tem uma porção de marimbondos zunindo nos meus ouvidos. Essa seqüela de música alta. Foi ficar um tempo quietinha. Apesar de achar que tô ficando velha pra essas coisas, me deram 19 anos lá. Haha. Maravilha!!!
E pra encerar.... fica um trecho da música “Juvenar”, do Karnak, projeto do André Abujamra. Hoje ouvi isso o dia inteiro. Então, pra vocês entender o meu domingo, pós balada:
“Tá frio aqui
Tá muito poluido
Eu tô triste eu tô borrecido
Tá feio aqui
Tá muita poluição
Tá fedido
Fumaça de caminhão
Eu tô cansado da cidade
Eu quero ir pro mato
tem de tudo lá
porco galinha pato
tem carroça
tem cachorro
tem carro de boi
correguinho sempre tem
Juvenar Juvenar
Vem tirar o leite
São 6 horas da manhã
Juvenar Juvenar Juvenar Juvenar
...”
*That´s all folks*

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