sexta-feira, outubro 26, 2007

O quinto beatle.

Enquanto leio artigos na Internet sobre qual será o Romance de Geração (atual), na TV está passando no programa SuperPop uma discussão sobre ir ao baile funk sem calcinha. Há quem defenda o usa da calcinha, há quem prefira que permaceça na gaveta. Há quem diga que romance de geração é algo importante, há quem diga que não é preciso rotular gerações.
A funkeira se levanta de uma cadeira e começa a dançar um pancadão. A bunda é ampla, durinha, e ela rebola jeitoso.
O médico, especialista em não-sei-o-quê diz que o não uso da calcinha e a troca de secreções em lugares públicos, como nos bailes, podem causar doenças. Problemas graves, pois a genitália feminina é muita mais vulnerável a doenças.
Querem um romance de geração. Acham que é necessário existir um. E isto consiste no quê? Para quê?
A funkeira diz que se sente mais livre sem calcinha. Questionam encoxadas surpresas. A intimidade desprotegida. Dedadas rápidas. E dividem os homens: Há homens que namoram só as que usam calcinha. Se não usar, é só pra uma noite.
O doutor defende o uso da calcinha, mas diz que usar calcinha muito apertada, pode abafar a região, e isto é ruim, pois a região possui uma secreção natural e precisa "respirar".
Um escritor também precisa respirar e seu texto são secreções do que observa, vive, sente. O texto precisa respirar. Uma geração também. Mas, afinal, já existe uma geração pra valer?
A funkeira diz: "Eu não sou parâmetro pra ninguém. Eu não uso calcinha, mas isso é comigo. Quem quiser usar, tudo bem, se não quiser, tudo bem também."
Quem pode ser parâmetro para definir uma geração de escritores? Eu não sou. E conheço uns muito bons autores que também não são.
Hum...

A literatura me parece, em alguns momentos, o quinto Beatle: uma história conturbada.

Ps: eu uso calcinha e sinceramente este é o post mais idiota que já escrevi.


*That´s all folks*

Um comentário:

Flávio disse...

Esse não foi o post mais idiota que você já escreveu... esta relação entre calcinhas e literatura foi genial! abraços!