Meu tempo é o tempo dos pistoleiros.

Quando assisti ao filme Onde os fracos não têm vez levei dias para saber se havia gostado ou não do filme. Javier Bardem, o gigante, acordava comigo todos os dias. Sim, eu gostei do filme. Gostei muito. Estou aqui ouvindo umas velhinhas do Johnny Cash e Franco Micalizzi. Gosto do clima desértico, de ampla dimensão e com um bom assobio. Acho que nunca disse isso aqui: Assobio muito bem. Gosto desse tempo em que se pode assobiar, e em filmes como Onde os fracos... isso é possível. Existe um outro tempo ali e precisamos respeitar isso. É o tempo de se matar, correr e assobiar.
Meu futuro próximo livro terá este tempo. Evidente que para matar e correr também. rs. Isto estará no quarto livro, pois o terceiro está pronto. Não sei quando sairá, provavelmente no próximo ano, mas ainda não sei.

É bom dar um tempinho. Publicar anualmente não me faria bem. Pensei sobre isto, em lançar neste ano, mas deixei para o próximo, assim espero.

A Guerra dos Bastardos será publicado em Portugal neste ano. Então acaba-se tendo outro lançamento, do mesmo, porém em outros prados.

Quero seguir o tempo dos pistoleiros. Quero escrever, publicar e assobiar, entende?

Lançar um livro por ano pode desgastar e conheço casos assim.

Meu tempo é outro. Meço a distância em passadas, verifico a arma no coldre e quando viro: atiro. Assim, como os pistoleiros. E como eles, gosto de percorrer algumas léguas sem deixar rastro e deixar o tempo escoar.

Os amigos andam reclamando do meu sumiço. Alguns acham que estou mal. É que eles não conhecem bem os pistoleiros e não entendem que são errantes. Permaneço fisicamente no mesmo local, mas vago em outros prados. Há tempos que preciso silenciar. Não quero conversar.
Ninguém sabe por onde ando. É assim que funciono, no tempo dos pistoleiros.



*That´s all folks*