segunda-feira, agosto 24, 2009

Faz alguns dias...

Faz alguns dias fui assistir ao espetáculo Moby Dick, adaptação e direção do Aderbal Freire-Filho. Mas antes de falar dessa excelente montagem, até porque pra me tirar de casa só mesmo as montagens do Aderbal, preciso falar do nariz do meu vizinho.

Eu nunca tinha me deparado com nada tão metodicamente programado como esse nariz. O vizinho, apesar de ser um jovem morenão sarado e tatuado, nota-se que é um boçal. Nossos quartos são de frente um para o outro. A paisagem de vê-lo sem camisa é excelente, como as montagens do Aderbal, mas a sonoridade que destoa de lá, é péssima.

Estranhanamente, todos os dias, por volta da 01h:30 ele assoa o nariz. É comum eu ainda me remexer na cama com aquela assoada vigorante. Eu nunca conheci ou convive com alguém que tivesse uma coriza tão insistente, pois ele mora aqui há pelo menos seis meses, e sempre assoando o nariz.

Percebo pelo basculante da área de serviço que em cima de um armário da cozinha dele tem aqueles potes do tamanho de um balde com rótulos do tipo: Power Puls Amino Hard Sport Creatine Energético Natural. Ou é quase isso. Acho que esse tipo de suplemento alimentar pode estar inflamando a mucosa nasal e obstruindo as vias respiratórias. Não sei, mas pela quantidade de muco produzida pelo seu organismo, parece que tudo o que ele come transforma-se em ranho, escarro e coisas nojentas semelhantes.

Deixando esse nariz barulhento de lado, vou falar do que realmente interessa: Moby Dick.
O espetáculo tem aquele ritmo que te deixa confuso num primeiro momento, mas depois você entende. Melhor: você passa a vivênciá-lo que é o que realmente importa numa montagem.
Eu já havia assistido à montagem de "O púcaro Búlgaro", adaptação do livro homônimo do graaaaaaaaannnnnde Campos de Carvalho. Bem, essa montagem segue os padrões e demanda esforço da plateia para vivenciar a aventura dos marinheiros comandados pelo Capitão Ahab em busca da baleia assassina.
O elenco é impecável. Tudo ajustado. Nada fora do lugar. O teatro em forma de arena (chama-se teatro Poeira), permite ter uma visão total do que acontece. E ficamos no meio daquilo tudo. É uma experiência incrível, principalmente pelo cheiro de macho que fica naquele lugar. haha.

Tem coisas lindas como: Eles para simular a onda do mar, apanham livro abertos e o movimentam para cima e para baixo. O ator que faz o capitão Ahab (Chico Diaz) simula ser a baleia espirrando pela boca água acima de sua cabeça. E assim segue...



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Recebi meu exemplar do livro paraguaio. O livro deve ter uns 50 cm de altura. É grande. A capa é feita de papelão. O conteúdo em folha A4 é costurado nas laterais com o que parece linha de tricô colorida e a capa é pintada bruscamente. É um livro selvagem. Estará à venda no site da editora http://yiyijambo.blogspot.com/ em breve.
A edição reúne 3 contos.




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Neste fim de semana assisti ao filme Se beber, não case (Hangover). Ó.... gostei viu? A estrutura não é novidade, já existem filmes assim, mas o elenco, as cenas, o desenrolar, tudo casa muito bem. Recomendo. Depois de umas risadas, fechei o fim de semana com algo mais apetitoso para mim: O tesouro de Sierra Madre. Não me canso de assistir. É do John Huston. Recomendo mais que qualquer outro.





*That´s all folks*

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