segunda-feira, setembro 25, 2006

Não quero água nem filme coreano. Quero Kubrick e vinho branco.

Estou lendo Mastigando Humanos, do Santiago Nazarian e estou gostando. Tudo muito no início e ainda salivo a carne de jacaré que comi no lançamento. Aliás, o vinho estava ótimo. Eu que não bebo, chapei na segunda taça rasa. E a confraria de magníficos e competentes garçons não deixaram meu copo vazio. Uma coisa. Um melhor do que o outro. Cercada de livros, petiscos exóticos, garçons soberbos, amigos, era estar no paraíso. Sim, a Livraria da Vila tornou-se o paraíso e eu me segurava no corremão sempre que subia e descia as escadas.

Cristiane Lisboa, amiga e escritora (http://www.cristianelisboa.zip.net/) tentava me dosar. “Agora beba água”, ela dizia. E eu comi petiscos de jacaré como se fosse danoninho, disseram. Depois de estar no paraíso, fomos a um inferninho underground. Evidente que terminaria assim, ou teríamos somente o céu? Bem, logo termino o livro e palitarei os dentes enquanto falo sobre ele.
Mudando de assunto, assim de maneira radical, não consegui me organizar para assistir aos filmes do festival do Rio 2006. Espero assistir ao menos um, mas nunca consigo. Ando assistindo a uma antologia de velharias da melhor qualidade, ainda não estou preparada para o novo. Quer dizer, o novo é velho pra cacete, sempre. Assisti dia desses ao filme “O Grande Golpe” (The Killing), do Stanley Kubrick. Uma produção de 1956. O filme é bom demais. A estrutura narrativa impecável e tem um humor dos diabos. O filme surpreende ainda hoje, já que se utiliza de uma estrutura não-linear. Cheio de idas e vindas no tempo com uma edição pra lá de bem feita. Sem contar que tem uns bandidos carismáticos, uns diálogos inteligentes. O filme gira em torno da trama de um sofisticado golpe a um hipódromo durante uma corrida, sem que ninguém saia ferido. Só posso fazer é falar bem do filme e daria uns bons trocados para assisti-lo no cinema. Mas aí, preciso saber o que está se passando no cinema coreano. Sinceramente, não ligo muito pra eles não. Só sei dos coreanos, é o feijão do Sayão, um coreano que cozinha num pé sujo em que como às vezes.
Vou lá deliberadamente, assim como muitos vão ao McDonald. E o PF que pago no pé sujo coreano é mais barato do que uma coca-cola no Mc. Enfim... vou aproveitar meus bônus e apanhar um dvd de graça na locadora, economizar uns trocados e manter a mente no passado. É que quando se descobre essas pérolas, a gente quer assistir cinema olhando pra trás.
Fica aqui outra dica. Esse é um dos meus prediletos. Pra quem gosta de filmes de guerra e até pra quem não gosta: “As Cinco Covas do Egito” (Five Graves to Cairo), do Billy Wilder. Uma produção de 1943.
*That´s all folks*

Um comentário:

Anônimo disse...

Agora, bebe vinho.
Aprendi a colocar imagens no blog. Vou poder colocar propaganda do habitante.
:)