Bem, eu só li um conto, espero poder ler mais, e me lembro que murmurei assim: "Que punk!"
Que punk! é usado para coisas das quais gosto muito.
Ela se chama Márcia Bechara e publicou um livro pela editora 7 Letras chamado "Casa das feras."
Olha só que coisa este trecho:
"Quando eu nasci meu pai vomitou um chifre inteiro que crescia em seu estômago há mais de trinta anos. Nem o rugido amazônico, nem a violência do mato, nem o silêncio das feras acalmou a dor de minha mãe quando eu nasci, minha mãe que desfaleceu no parto, uma ema montada por um rinoceronte."
Aí, pelo texto afora aparecem coisas assim:
"Quando os homens foram embora, o silêncio das feras desabou sobre o jardim. Não sabemos chorar."
Ou assim...
"Sabemos, no entanto, que outras feras nascerão e que outras renascerão aqui dentro do jardim, para ocupar o lugar das que se foram. Mulheres e homens virão de fora encontrar aqui seu pasto e sua descendência."
E mais assim...
"Hoje temos aqui bestas de todas as nomenclaturas. Sem pai, sem lei, estamos livres. Facínoras, hominídeos, metade deuses, metade animais, feras de luxo, orgânicas, misturando mentira e verdade, em nosso jardim podemos tudo."
Fica a dica. Bacana, não?
That´s all folks*
2 comentários:
hey, travis. touché! tô embasbacada até agora! obrigada, mesmo.
Olá Márcia!
Continue soltando as feras.
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